o desafio (viagem ao passado)

O DeSaFiO não me foi proposto por ninguém em concreto, por muita pena minha, mas achei-o interessante e resolvi arriscar.

Há 10 anos...
1 – O meu primeiro namorado.
2 – Escrevi um livro chamado "A Fuga" (é verdade, 145 páginas de pura ficção!)
3 – A minha mãe autorizou-me a pintar uma parede do quarto de preto.

Há 5 anos...
1 – Entrei para a universidade determinada a mudar a minha vida!
2 – Descobri o alcool e os seu "bons" efeitos (durante e depois).
3 – Comecei a ter aulas de pintura.

Há 2 anos...
1 – Descobri o amor.
2 – Virei o mundo ao contrário.
3 – Desci da minha torre.

Há 1 ano...
1 – Mudei de cidade.
2 – Lips on your Lips.
3 – Rir rir e ser criança com gente que se ama!

Ontem...
1 – Ontem… tive aula de canto.
2 – Queria ser três pessoas diferentes ao mesmo tempo!
3 – Brinquei com gatos!

Hoje...
1 – Hoje fiz bonecas de trapos pretas!
2 – Quis escrever...
3 – Vou ver Kings!!!

Amanhã...
1 – Vou fazer bonecas de trapos pretas…
2 – Vou mudar o mundo.
3 – Vou brincar com gatos

Cinco coisas sem as quais não consigo viver:
1 - Ar
2 - Água
3 - Sonhar
4 – Amor
5 – Música

Cinco coisas que compraria com 1000 euros:
1 – Fugia para a India, ou outro lugar qualquer cujo o preço do bilhete fosse 1000 euros, deixava-me perder onde ninguém me conhecesse nem esperasse nada de mim.
2 – Tintas, pincéis, telas gigantes, tecidos coloridos, fitas e colas, botões (preciso mesmo…).
3 – Uma cadeira estilo anos 20 para a minha secretária… A minha dá-me cabo das costas…
4 – Começava uma empresa virtual qualquer… =/
5 – Aulas de francês e de canto (para me abrir portas naqueles sonhos mais reconditos - cantar em francês, sussurrar "Edit Piafices")

Cinco maus hábitos que tenho:
1 – Nunca conseguir acordar a horas…
2 – Nunca chegar a horas a lado nenhum…
3 – Ter receios a mais.
4 – Arriscar pouco.
5 – Tenho pouca garra. (Garra rapariga!!!)

Três coisas que me metem medo:
1 – Sentir-me só…
2 – Sofrer…
3 – Às vezes lugares escuros… (como eu)

Três coisas que tenho vestidas:
1 – Jeans.
2 – Uma camisa branca.
3 – Umas cuecas amarelas com flores!

Três coisas que quero mesmo muito neste instante:
1 – Um campo relvado onde me deitar…
2 – Um abraço forte.
3 – A companhia de um bom amigo…

Três lugares que gostava de visitar:
1 - Butão
2 – India (para me perder e encontrar)
3 – Islândia (também quero sentar-me junto a um lago a ver o sol da meia noite enquanto aguardo a chegada do meu amor)

Vou desafiar: Quem se sentir desafiado! Tu!?

confusões

Tenho saudade das palavras. Do desenho que compõe uma carta. As linhas do pensamento. Os lugares dentro de cada letra. Onde me escondi eu com o meu caderno de desenhos? O tempo, pequenino e malandro vai-me embalando e eu deixo-me levar por ele sem ... não sei.

Oxalá

Oxalá eu pudesse voar até ao outro lado do mundo, beber chá no deserto. Oxalá, nunca me esqueça que as asas servem para voar, mesmo quando não são usadas durante muito tempo.
Oxalá eu te encontre por essas ruas e te surpreenda cantando.
Oxalá o futuro aconteça.
Oxalá que a vida me corra bem, que possa sorrir e andar de baloiço nas noites de Verão, correr na calçada com os sapatos enfiados na carteira e gargalhar nos intervalos da conversa!
Oxalá me apaixone.

Adeus, não afastes os teus olhos dos meus... II

Foi a vez do "terrível" e do "careca" fazerem a viagem rumo às suas novas famílias... restam a Amália e o Napoleão.
Penso que esses já se sentem em família à muito tempo!
"Quando dormes
E te esqueces
O que ves
Tu quem és
Quando eu voltar
O que vais dizer?
Vou sentar no meu lugar
Adeus
Nao afastes os teus olhos dos meus
Isolar para sempre este tempo
É tudo o que tenho para dar
Quando acordas
Porque quem chamas tu?
Vou esperar
Eu vou ficar
Nos teus braços
Eu vou conseguir fixar
O teu ar
A tua surpresa
Adeus
Não afastes os teus olhos dos meus
Eu vou agarrar este tempo
E nunca mais largar
Adeus
Não afastes os teus braços dos meus
Vou ficar para sempre neste tempo
Eu vou, vou conseguir para-lo
Vou conseguir para-lo
Vou conseguir
Adeus
Não afastes os teus olhos dos meus
Vou ficar para sempre neste tempo
Eu vou conseguir para-lo
Eu vou conseguir guarda-lo
Eu vou conseguir ficar"
Boa viagem,
Adeus!

A carta (viagem no tempo)

Parece mesmo que morreste. Já reparaste neste silêncio que nos separa? Já não te encontro do lado de lá do tronco da nossa árvore. Sento-me e espero por ti nessas tardes que para mim faziam sentido quando te esperava. Agora, espero-te e tu não vens. Nada faz sentido. Também abro a janela como fazia no antigamente, aquele muito antigo em que eu gostava muito de ti. Onde estás? Ainda te lembras de mim? Perdi-me de ti naquele sonho estranho em que seguias num carro grande e te afastavas cada vez mais, eu a chamar, a chamar... a mostrar-te as minhas luvas de mimo, aquelas com que eu gostava de brincar contigo, as tuas favoritas, ainda te lembras? Eram vermelhas! ...às vezes sonho contigo, ainda aí estas, mas longe, do lado de lá da velha ponte vermelha. Não é justo que tenhas ficado com os meus dedos, aqueles que eu usava para falar. Deixaste-me muda. Roubaste as histórias que eu te contava. Ficaste com tudo. Agora reparo que sempre foi assim, tu lá e eu aqui, a desenhar-te o mundo, tu nunca querias nada... e eu dava-te tudo, os meus lápis de cera, as minhas mãos e a minha boca. Dentro da esquecida mala de viagem encontrei alguns dedos e recomeço a aprender a falar. Não vais acreditar, mas o mundo afinal é redondo e podemos ir a todo o lado escorregando como num escorrega gigante. Eu quero ir a todo o lado, ver o azul e o vermelho do mundo. Eu vou levando verde, na esperança vã que te relembres dos tempos em que ainda sabias voar e nos ríamos nos intervalos dos silêncios que degustávamos no telhado da minha inexistente vizinha. Às vezes ainda espreito pela tua janela. Está sempre fechada e é escuro lá dentro. Ainda assim, espero encontrar-te um dia para te poder entregar um abraço muito pequenino que fui deixando dentro de um bolso antigo. Esta carta serve só para te dizer que eu ainda estou viva.

Adeus, não afastes os teus olhos dos meus...

Começou. Hoje foi a primeira vez... vou ter saudades da minha "Gorda"... é que eu pensava mesmo que ela era minha.
Adeus.