"Aquele peso em mim - meu coração" (fp)
"Confunde-se o que existe
Com o que durmo e sou.
Não sinto, não sou triste,
Mas triste é o que estou." (fp)

sonhos

Esta noite sonhei que o Bono era um elefante, e eu não me importava. Eu só queria fugir com ele, o homem elefante. Esconder-me no banco de trás do carro e beijá-lo. A mãe chamava-nos, e nós não queriamos ir. Quando nos encontraram, dissemos a chorar que estávamos a brincar.

Baaah...

sinto-me mesmo como uma miuda que tem um diário.

listen to the girl

às vezes gosto de me perder a ler coisas que escrevo. já fui muitas pessoas. já foste palavra nos meus textos. foste saudade, amor, morte, sexo e vontade. a maior parte das vezes tenho preguiça de escrever, as minhas mãos são demasiado lentas para a minha cabeça, perco as minhas ideias por não as conseguir escrever... vamos conversar em slow motion, quero ver como te mexes, não estás morto pois não? quero fazer parte de uma banda, cantar para ti, mesmo quando não estás a ouvir. raios, há mil coisas que eu quero fazer, quero sentir a vida, a vida a maior parte das vezes não se sente, mas quando se sente, vale mesmo a pena.

isto

"dizem que finjo ou minto
tudo o que escrevo. não.
eu simplesmente sinto
com a imaginação
não uso o coração." (FP)

Who gives the fuck about mystery letters?

"Quero dançar contigo outra vez, é verdade. Queria comprar-te um vodka com frutos vermelhos e convidar-te para dançares comigo, uma música engraçada, nem precisava de ser uma daquelas musicas calminhas, Oxford Comma está bem. Fingíamos que estávamos nos oitenta e sorriamos enquanto o ritmo nos entrava nos ossos e nos ouvidos. Eu queria dar-te a mão às escondidas, para ninguém ver, como se tivéssemos 14 anos outra vez, queres ter 14 anos outra vez para podermos dar as mãos? Ai ai, quem sabe o que viria a seguir, um beijo roubado, um beijo corado, um risinho envergonhado de quem se sente bem. Aquela sensação no estômago... era bom!? Diz a verdade? Eu queria convidar-te para invadires os meus sonhos e me levares contigo a correr pelo bosque. Eu quero fazer muitas coisas contigo, algumas das quais eu não posso escrever neste bilhete... mas fico corada só de pensar. Podes pensar em todas estas coisas e depois, depois se quiseres fazer coisas comigo.... depois podes só enviar-me um bilhete a dizer "blueberry"? Eu não digo nada (eu sorrio só, e dou-te a mão às escondidas)."
(a Carta)

devo ser das poucas pessoas com gatos que comem rosas (?)


O que é que vais fazer com a tua vida quando perceberes que o tempo passou?
Perdida, perdida, perdida...

colorful mood (?)

o melhor de sempre

clica para veres!
Sun been down for days
A pretty flower in a vase
A slipper by the fireplace
A cello lying in its case
Soon she’s down the stairs
Her morning elegance she wears
The sound of water makes her dream
Awoken by a cloud of steam
She pours a daydream in a cup
A spoon of sugar sweetens up
And she fights for her life as she puts on her coat
And she fights for her life on the train
She looks at the rain as it pours
And she fights for her life as she goes in a store
With a thought she has caught by a thread
She pays for the bread and she goes
Nobody knows
Sun been down for days
A winter melody she plays
The thunder makes her contemplate
She hears a noise behind the gate
Perhaps a letter with a dove
Perhaps a stranger she could love
And she fights for her life as she puts on her coat
And she fights for her life on the train
Where the people are pleasantly strange
And counting the change as she goes
Nobody knows Nobody knows Nobody knows

querido diário: sou oficialmente a taradinha do cor-de-rosinha

Acordei com o sol a entrar descarado pela janela. Acordei para mais um dia de tarefas monótonas (pintar móveis, arrumar livros, encontrar coisas perdidas pela trigésima quinta vez, para as perder logo de seguida!). A tentar... a tentar organizar a minha vida atravez de toda a quinquilharia que consegui arranjar em 2 anos e qualquer coisa. Na realidade, hoje, queria apenas estar a espreitar pela janela como a senhora dos cabelos brancos que vive no prédio da frente.
"eu só queria saber o que achas de tudo isto. na realidade a tua opinião de nada conta, as coisas têm de mudar e tu não vais fazer nada. dorme. vai dormir e falamos amanhã quando estiveres mais morto que hoje, quando já nem respirar te parecer importante."

crime

Eu quero cometer um crime. Quero correr riscos e sentir a adrenalina, o suspense. Eu quero ser o teu crime.

?

Os dias estão cheios de histórias, as pessoas também. Terei eu tempo para as contar todas? Dentro me mim, há muitas histórias. Dentro mim vivem 1000 pessoas diferentes todos os dias. Os dedos trabalham, trabalham sem parar mas não conseguem acompanhar o ritmo das suas vozes. Eu estou também lá, no meio da confusão de gente de que sou feita. Um dia, quem sabe, talvez eu consiga sair.

Ana-logias

A Ana é uma mulher bonita. Puta, mas bonita. Tem o corpo perfeito, as curvas perfeitas, as mamas perfeitas, o cu perfeito. Ana tem 25 anos e é uma mulher bonita e puta. Desde os 16 anos, idade em que decidiu fugir de casa para que o pai começasse finalmente a foder a mãe em vez de a foder a ela, que se entrega a qualquer homem que a deseje. Ana acredita que isso a fará esquecer o corpo do pai em cima do seu, o cheiro do pai, a pele do pai nas suas coxas. Ana é a mulher perfeita. A perfeita estranha com quem te cruzas na estação de comboio todas as manhãs. Tu vais trabalhar na loja de computadores, tens orgulho, não tens? Orgulho de ter um trabalho, de poderes pagar os teus jogos de computador? Quando apanhas esse comboio para ires trabalhar, a Ana apanha esse comboio para regressar a casa e aos seus demónios. A Ana não gosta dos dias, são solitários e crus, fazem-na ter memórias. A Ana só quer matar as memórias todas, por isso é que dorme com tantos homens. Se ao menos jogasses menos jogos de computador e seguisses os conselhos do teu pai, talvez te cruzasses com ela por essas noites fora. Talvez, se vivesses, conhecesses a Ana e entrasses para a sua colecção de cheiros, a sua colecção de homens. Ana vive sozinha, já te tinha dito, desde os 16. Durante o dia fuma sem parar e chora como uma criança com medo. A Ana tem medo das noites, por isso trabalha sem parar, sem parar para pensar que a sua vida é uma miséria, sem parar para dormir, os sonhos são armas que a magoam. Ana é a puta perfeita. Tu não sabes, mas fantasias com aquele corpo esguio e curvilíneo. Ana é a mulher perfeita, aqueles cabelos longos, brilhantes, bonitos. Só não sabes que a Ana quer matar o seu corpo, a Ana não quer ter corpo, a Ana só quer ser menina sem pai.

fevereiro de 2008.... sim, um excelente mês

"quero escrever com minúsculas, deixas mãe?"

a moment with you

"Não acaba nunca. Esqueço que esse sentimento lá está, mas é como um sonho que não acaba e que se repete todas as noites. Quero o tal ponto final. O sexo, o beijo, tudo. Quero tudo, para depois não ter de pensar mais nas coisas que poderiam ter sido mas que não foram, por culpa tua. Enlouqueço, não consigo esconder mais tempo esta vírgula sem sentido... Porque não fazes nada? Porque é que nunca fizeste nada?" Diário, página rasgada de 2006

a minha tarde perfeita

Ingredientes:
o eu
o o meu casaco verde
o a Nikon F3 com um rolo a cores
o o MP3 recheado de tudo o que eu gosto, e mais algumas que eu estou a gostar
o 1€ para um cafézinho
o umas sapatilhas
o o chapéu à aviador

Modo de Preparar:

Visto o casaco verde, calço as sapatilhas, hoje vou andar muito. Coloco a minha F3 ao pescoço, headphones nas orelhinhas, música a bombar, e saio de casa. Desço até à estação do Estoril e vou pelo paredão até a terra acabar. Pelo caminho, tiro fotografias a coisas com que me identifico. Paro num cafézinho, talvez aquele da esquina, em Cascais, que me faz lembrar o Porto, e tomo um cafézinho. Dou umas voltinhas, click aqui e ali, loja de móveis em segunda mão, livraria... para terminar, chapéu à aviador que já é noite e esta frescote!

old memories in a sunny afternoon

Your softly spoken words
Release my whole desire
Undenied
Totally
And so bare is my heart, I can't hide
And so where does my heart, belong
Beneath your tender touch
My senses can't divide
Ohh so strong
My desire
For so bare is my heart, I can't hide
And so where does my heart, belong
Now that I've found you
And seen behind those eyes
How can I
Carry on
For so bare is my heart, I can't hide
And so where does my heart, belong
Belong
Belong
Belong

(Portishead)

Oxalá (se quiserem ouvir o que eu ando a ouvir - A Andorinha da Primavera - Madredeus!)

Quero comprar uma peruca nova! Eu costumava usar uma peruca loira, mas já não a tenho. Quero uma peruca nova! Eu vi uma de que gostei muito, acho que vou comprar! (Hum... começar um texto com "quero comprar uma peruca nova" é esquisito! Acho que o sol me está a dar a volta à cabeça, está sol!!! Dá para acreditar!? Só me apetece sorrir e mudar o mundo!)

Hoje não vou vestir-me de nenhum personagem, vou falar na primeira pessoa.

Estou já na casa nova (para quem não sabe eu mudei-me de casa!). Foi um começo complicado, 4 dias sem água quente, 7 dias sem cozinha, 10 dias sem móveis (e a somar, sabe-se lá quando iremos ter dinheiro para esses luxos)!
Está a ser uma experiência interessante, passámos de uma casa completamente mobilada para o extremo oposto - nem sequer temos sofá para nos sentarmos! Bah, assim é que é, nús e com sonhos!

Ao menos temos agora o sol para aliviar a sensação de não ter casa!
Hoje, acordei mais optimista! A cereja no topo do bolo foi mesmo a intoxicação alimentar com dores de cabeça! Foram os 4 dias mais estranhos da minha vida, dormia, acordava cansada, não tinha fome, parecia quase que a vida não valia a pena! Agora vejo o sol, bem brilhante e gordo, ao fundo do túnel! E apesar de ainda querer emagrecer uns bons 3 quilinhos, digo-vos, é bom ter vontade de comer, ter a sensação de fome!
Ai, o que é que foi que me deu! Estou estupidamente alegre, tão alegre que quase não consigo deixar de ser eu, quase não consigo entrar no mundo da fantasia que é a escrita!

Com vontade de fazer listas intermináveis de coisas que quero, acho que nunca quis tantas coisas (incluindo flores frescas e uma peruca nova!), apetece-me mudar de país e... mudar de vida! Gosto da vista da minha janela. Uma casa estilo séc XIX, amarelo antigo, portadas de madeira brancas, árvores altas, o sol a iluminar tudo, como se um quadro antigo se tratasse. Saudades desse mundo antigo que já ninguém sabe onde encontrar!

Bem, depois coloco aqui umas fotografias a mostrar a nossa nova toca (desta vez não vou dar mão de uma secretária só para mim, livre de computadores, com um candeeiro de vidro e folhas para escrever... preciso do meu canto da escrita!).

Se quiserem ir espreitando o antes e o depois desta aventura de comprar casa vão a -www.queridocompramoscasa.blogspot.com - assim sempre podem rir-se da nossa caricata situação!

Maria, Maria... isto não é um diário!

o risco de não ter casa

mudámos de casa. mudar de casa é sempre complicado, é como mudar de país. tens de voltar a escolher lugares onde te sentes bem para escrever, redescobrir onde cada coisa deve ficar... é muito complicado tudo isso. sinto que agora não tenho mesmo casa. é muito estranho, sou uma espécie de sem abrigo que vive dentro de uma casa que não conhece...