Dantes o Natal marcava aquela altura do ano em que, possívelmente iriamos receber as coisas que mais desejavamos. Normalmente coisas materiais, quer fossem bonecas, máquinas fotográficas ou jogos. Faziamos uma lista e acreditavamos que, pelo menos, 30% daquelas coisas iam ser nossas nessa altura do ano. Talvez por isso o Natal fosse um marco tão importante no calendário, maior até que o aniversário. O Natal era meio caminho andado para conseguirmos todas as coisas que queriamos.
O Natal foi perdendo o encanto. Tentei dar voltas ao tema para ver se percebia o motivo por trás desse desencanto tão estranho (e que todos os adultos parecem partilhar). Agora percebo. Agora as lista não interessam e a maior parte do tempo sabemos o que nos vão dar. As prendas são menos e nem sempre o que gostariamos...
Passamos a ser requisitados para pôr a mesa e fritar as rabanadas...
E o Natal vai desaparecendo lentamente de dentro da nossa fantasia.
O que resta? Uma altura do ano frustrante em que temos de dar muitas voltas dentro de nós para decidirmos o que vamos oferecer às pessoas de quem gostamos.
Quero ser novamente uma menina pequenina a sonhar com os olares de pérolas da mãe.
Pai Natal, este ano, queria muito... queria muito saber como sair daqui.
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