Em termos autobiográficos: o que devo eu escrever sobre isto?
Há experiências que nos marcam para sempre. O primeiro beijo, o primeiro amor, aquela viagem das férias do Verão, o primeiro internamento hospitalar.
Percebi que ate hoje eu me julgava eterna, quando pensava em mim imaginava que viveria eternamente, um eternamente com um fim algures, mas tão longe era esse fim que quase não o podia ver lá ao fundo, naquela curva final que a minha vida um dia iria fazer. Mas nada é para sempre (todos julgamos saber isso), vivemos num equilíbrio tão frágil e delicado que é assustador pensar nisso. Por isso não pensamos.
A maior lição que eu aprendi com tudo isto é que não se devem deixar muitas coisas para amanhã. Eu sofria desse mal, adiar sempre tudo, há tanto tempo para as coisas... não, não nos iludamos, há que viver hoje todas as pequenas coisas que nos fazem felizes.
Quero passear mais vezes à beira mar.
Correr na areia.
Andar de bicicleta!
Estar com os amigos que adoro (mesmo sem saber explicar).
Dizer-lhes o quanto gosto deles.
Salvar animais em apuros e rir.
ai ai, ao menos que o sol brilhe!
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1 comentário:
Passei por aqui... tenho saudades tuas... um beijo grande :) Judite
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