Por vezes a minha vida é parecida com um quarto de hotel. A mesma sensação, o mesmo sentimento. Nada parece permanente, tudo é transitório, se é que me faço entender. Adormeci com esta frase na cabeça. A minha vida é um quarto de hotel. E na realidade não sei o que fazer com ela, e agora chego aqui e não sei o que fazer com esta frase. Só sei que me apeteceu justificar o texto. Acho que ando a pensar demasiado em Boris Vian e no surrealismo. Tenho mesmo de comprar esse livro, porque me persegue por todo o lado, persegue-me e eu não o consigo ler, mesmo que queira. A minha vida é um quarto de hotel porque sinto este desconforto de não saber o que fazer com ela, então faço tudo o que está ensaiado, como se a usasse para todas as fantasias, menos para a viver realmente, para fazer dela a minha casa, o meu conforto, e vivo neste desconforto diário de não poder tirar as meias e sentir na pele a alcatifa, o desconforto da janela estar avariada e não poder respirar ar puro... Vivo num quarto de hotel.
1 comentário:
Oi, Rute!
Passeando na net encontrei seu blog e gostei bastante. Um pouco louco e ao mesmo tempo muito centrado de idéias, numa mistura bem legal.Por isso, estou me tornando sua seguidora, viu.
E ao mesmo tempo quero te convidar a visitar meu blog:
www.minhasinspiracoes.blogspot.com
Sua presença por lá vai ser uma honra. Abraços
Socorro Carvalho
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