tenho medo de me esquecer das letras e consequentemente das palavras
Nem sempre as palavras saem com verdade. Visto-me com a pele de alguém que invento e por aí vou, caminhando pelo mundo que imagino, a escapar de mim e das histórias que queria contar. Sempre encontrei um amigo nas folhas, a caneta era o café que tomávamos juntos enquanto eu desfilava os sentimentos e os desenhava com verdade. Agora, já não sei. Não sei quem é esta que luta com as folhas, que discute e que corre a esconder-se no silêncio. Continuo à procura daquela alegria infantil das pequenas coisas, mas parece que ma roubam. Sem ela, sou uma concha sem mar. Sou um objecto bonito mas sem sentido, guardada numa gaveta feita por mim. Tudo mudou neste mundo de piratas. Continuo a querer deixar escapar pequenos pássaros , mas eles caem e não querem voar. Serei uma mentira?
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