Há demasiados véus entre mim e ti. E apesar de te contar a verdade, estamos longe. As nossas palmas das mãos nunca se tocam por muito que nos estiquemos. Abrimos a janelas todas as noites na esperança que essa seja a noite e ela nunca chega. Quando chegará? Chegará?
As minhas canetas já não escrevem, eu não escrevo com elas e elas morrem de dia para dia - de amargura. Eu também, com demasiadas coisas na cabeça e no coração. É preciso dormir para acordar. E tu sabes que é isso que nos falta.
Abriram-se as comportas do inferno. Folhas brancas escrevem-se novamente, as canetas jorram tinta, as mãos reaprendem a escrever... estou livre dos demónios.
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