"peço-te, dá-me Tempo para que as palavras se transformem e tomem sentido, se organizem de modo a serem fala simples e imediata e dá-me tempo para reconhecer o meu corpo esquecido algures na treva duma memória que eu tento esvaziar. dá-me Tempo para perceber de novo a falsidade dos espelhos, e de novo construir a minha sombra, o meu reflexo, a minha solidão. dá-me Tempo, Tempo infinito para que a voz cresça e se transforme em canto. Tempo, quero Tempo, para redescobrir a dor." (Al Berto, Diários)
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