Coisas dessas pouco ou nada me satisfazem hoje em dia. Saudade daquelas palavras inflamadas tão cheias de cor, os delírios nocturnos em que me imaginava com asas, capaz de viver - assim, como ser alado - num mundo de lagartas gordas como vacas. Entristece-me o facto das coisas materiais pouco poderem fazer por mim, terei de me virar para lá das estrelas, buscando essa satisfação imediata, o antídoto para este ácido que corroi por me sentir, sempre e cada vez mais longe.
Talvez também eu tenha nascido com um coração de pássaro, daqueles que batem demasiado depressa.
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Sinto que me morro a cada encontro, a cada momento consciente de que - para mim - um pouco de tudo acabou.
A comida chegou. Paro para mergulhar num dos actos humanos que mais aprecio*.
*A seguir ao sexo, claro está.
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