Eu sempre tive aquela mala, desde sempre. Desde sempre é muito tempo, mas sei que ela existiu desde o meu inicio. Com o tempo que foi passando ela foi ficando gradualmente mais apertada, nos últimos anos era tão pequena que somente minúsculos envelopes cabiam dentro dela. Sinto falta dessa mala como das varandas no Verão, do baloiço de almofadas azuis, das gaivotas na praia. Mas daquilo que mais falta sinto é de mim mesma, pequenina e dobrada dentro dela.
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