Onde o esconderam? Porque calaram o mar? E o barulho das árvores? Ninguém diz nada!? O silêncio é universal e sinto-me como aquele cão moribundo recordando a sua juventude junto da figueira. Porque me fogem as palavras, porque se escondem, malditas!, por entre as linhas de uma caneta que não sabe desenhar? Encontra-me. Encontro-me. Dedos que querem gritar, dedos que gemem de dor, de silêncio de ódio. Dedos que querem escrever, dedos que querem devorar palavras. Significados? Só este nó no estômago, esta pedra. Onde deixas-te o sol, onde?
Quem diria, que pode haver poetas sem poesia.
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