Depois de ter descoberto que alguém escreveu no meu caderno de notas, sinto-me como se um estranho tivesse mexido na minha roupa interior. Zangada.

A verdade é uma forma de suicídio.



(Que bem que te fica a risca ao meio. Não sei bem se continuo apaixonado, não sei bem se vale a pena continuar apaixonado por ti. Não sei. Vejo-te e todo eu tremo, todo o meu corpo é um lamento, e pede socorro ao teu olhar, às tuas mãos. A um simples sorriso. Uma palavra, que me descanse.)

in Diários, Al Berto, Assírio e Alvim, pág 146


Navegando a nuvem de pastas de fotografias digitais - Lisboa, 2011 (sim, eu precisava de um rumo) 
Esqueci como se ama furiosamente. não venhas ter comigo, sobretudo hoje, que tanto tenho pensado em ti. não venhas, só na ausência ainda consigo desejar-te. se aqui vieres será um dia terrível para mim. terei de fingir, de enganar-me. - Al Berto

I know its over


It's so easy to laugh, it's so easy to hate
It takes strength to be gentle and kind
Over, over, over
Yes, it's so easy to laugh, it's so easy to hate
It takes guts to be gentle and kind
Over, over

Love is natural and real
But not for you, my love, not tonight my love
Love is natural and real
But not for such as you and I, my love

Fé . Crença . Confiança


Diários - Al Berto

recomeçar tudo novamente. repensar tudo o que escrevi. arrumar, emendar, refazer, progredir em direcção ao imprevisível. progredir por dentro do silêncio que me envolve  cada dia mais espesso. recomeçar a viver fora da escrita, recomeçar a viver. escrever cada vez menos. não dar importância nenhuma, quase nenhuma às palavras. viver despreocupadamente, eis o que não consigo fazer. sobretudo não deixar de escrever, sobretudo isso, e viver.