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(...) Sinto a cabeça nadar à roda e as emoções não sei onde param. Não quero arrumar nada, não consigo, não há no espaço espaço que chegue para arrumar a idiotice, ela não cabe em lado nenhum. Porquê um "mim" tão barulhento? Fecho os olhos, mas quem poderá tapar os ouvidos? O som da rua não se cala; as veias não param; as vozes que chegam de todos os lados desta casa deserta de mim. Onde encontrar o fim para sempre? Ou só agora, porque não sei o que quero para sempre... talvez sol, mas isso podia fazer mal às plantas. Deixem-me aprender a escrever outra vez, "Senhora professora, eu preciso aprender a escrever novamente para escrever coisas bonitas... as minhas mãos só escrevem merda." Se eu fumasse morria de desejo por um cigarro agora. Como não fumo, a televisão serve.

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