não importa quem és
Como companhia, tenho uma chávena de chá e um CD de 2006 que toca repetidamente. Hoje as cores acordaram mais esbatidas, e eu preciso delas no pico da sua concentração. Preciso sentir que afinal o frio do inverno já se sente nos dedos das mãos... também eu o consigo sentir.
Não passo de uma criança com um caderno rabiscado, cheio de listas de sonhos que ora quero ora esqueço, às vezes, quando a revejo, alguns desses sonhos já se concretizaram, outros morreram antes de nascer - sonho morto a 21 de Novembro por falta de amor.
Preciso daqueles momentos em que danço sozinha na semi-escuridão de umas belas noites solitárias. Hoje fí-lo na banheira enquanto a água corria quente, o público?
Um gato e muitas outras partes de mim, partes sorridentes por saírem um bocadinho cá para fora.É preciso arrumar a minha cabeça para finalmente começar a fazer alguma coisa da minha vida, coisas fantásticas e verdes, como árvores plantadas na Primavera. A cultivar uma pequena história, Olenka, a personagem que imagino na minha cabeça, veio viver para Portugal este ano...
Ah, o mundo inteiro é um carrossel. Hoje, quero andar no cavalo, amanhã, amanhã talvez opte pela chávena. No meu íntimo, estás do lado de fora a fazer girar a minha chávena para que tudo se torne mais emocionante.
O chá persegue-me, e as recordações boas também.
Espero que eles saibam que tenho saudades.
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