notas soltas

Sempre imaginei que na vida haveria algures um farol para os que se perdem. Imaginei que como aqueles que buscam a terra no mar, um foco de luz me mostrasse que este caminho me está a levar para qualquer lugar. Sempre admirei os faroleiros, fazem parte do meu imaginário infantil. Para mim eram marinheiros com medo do mar, homens solitários, pensativos, que fumavam longos cachimbos pela noite dentro sentados numa cadeira velha. Algures na minha infância eu quis ser faroleiro. Ser a esperança longínqua de um chegar a cada tão desejado.

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