voltar
Não me tinha ocorrido que o regressar fosse uma dor. Não uma dor física, mas sim uma dor num lugar que não sabemos reconhecer. Sinto a falta da confusão e daquelas ruas muito pequeninas que nunca mais acabavam e que nos punham a cabeça a andar a roda. Voltar, é encontrar tudo nos mesmos lugares quando dentro de nós nada está na mesma. Queria andar nua e... e poder sorrir para as crianças e elas sorrirem de volta. Falar com estranhos e receber um sorriso. Fazer amigos. Comer coisas que não conheço, chorar por perceber que o mundo é gigantesco e diferente. Queria não ter de parar, não ter de voltar... e continuar por essas estradas, essas linhas de comboio que não acabam.
Voltei, e fico triste.
Eu queria ter ficado e ver o nascer do sol mais uma vez.
Hoje, em Lisboa. E a Rute? A Rute está num lugar que vocês nunca viram.
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