navios pirata navegam-me o pensamento
Naquele tempo os dias eram passados na popa de um barco a brilhar ao sol. Bebia-se champanhe desde o amanhecer e os cabelos voavam ao vento enquanto cigarros queimavam em mãos pousadas. Conversava-se sem palavras, ouvindo somente o vento e o mar na sua eterna paixão a discursar longas histórias de navios e homens. Naquele tempo, os dias corriam devagar, a luz amarela entrava em todas as fotografias para roubar algum do protagonismo dessas gentes de outrora. Hoje, ao ver no mar os barcos que ainda restam, parecem espectros tristes e sem vida, réstia desse outro tempo em que o mar era a porta do mundo.
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