quatro linhas semi-pensadas
Para que servem as palavras se não sabemos o que fazer com elas?
Para quê falar, escrever? Não dizemos nada. O Silêncio é o grande senhor da verdade. É coerente, sincero, pensa sempre naquilo que sente. Não se precipita numa diarreia sem sentido, não cai em armadilhas ardilosas de terceiros.
Eu gosto do meu silêncio. Conversamos muitas vezes sobre as coisas triviais (quem sabe sobre formigas que caem dentro de frascos de compota) e discutimos também as grandes questões da vida, o sentido das coisas. Pudesse eu guardar nalgum lugar esses devaneios nocturnos ou matinais e seria rica - um conhecimento de mim própria sem fim - mas essas conversas têm tendência de se evaporar com o barulho da vida e eu fico sem saber nada, não guardo esse conhecimento gerado na minha cabeça e, geralmente, caio no erro de abrir a boca e falar de mais.
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