havia uma praia de outrora cheia de memórias antigas que vieram dar à costa. na areia branca jaziam garrafas de vidro translúcido muito polido, lá dentro havia cartas com sonhos de pessoas minhas conhecidas, umas de agora, outras que já não via há anos. no meio do areal estavam uns sofás brancos, velhos de serem dançados de um lado para o outro pelas ondas do mar revoltas, sento-me neles e encontro por todo lado coisas minhas que perdi há muitos anos. deito-me. uma mulher aparece e pergunta-me se estou à espera dele, eu não sei de quem ela está a falar, mas ela diz que ele não vem, que ele não se lembra de mim, que ele seguiu a sua vida em frente, e tenta vender-me uma carteira. subitamente essa mulher começa a falar-me numa língua que eu não conheço, e quando dou por mim estou na Índia.
é uma rua agitada cheia de lojas e todos me tentam vender coisas, estou confusa, pois não percebo aquela língua. entro num café, ou é um restaurante? não sei, está cheia de sofás também, e de pessoas que como eu ali foram parar, olho em volta e vejo um sofá vazio. deito-me nele. oiço murmuros, eles dizem que estou à espera dele, mas que ele não vai voltar por minha causa, todos sabem que eu estou ali por causa dele. fecho os olhos. oiço o mar novamente. quando abro os olhos ele está deitado ao meu lado no sofá. 'que estás aqui a fazer?', pergunto. ele não diz nada.
acordei.
1 comentário:
Que sonho fantástico! Deves ter acordado bastante confusa. Sabias que era a pessoa?
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