Sinto a cabeça nadar à roda e as emoções não sei onde param. Não quero arrumar nada, não consigo. Não há no espaço, espaço que chegue para arrumar a idiotice, ela não cabe em lado nenhum. Porquê um "eu" tão barulhento? Fecho os olhos, mas quem poderá tapar-me os ouvidos? O barulho da rua não pára; as veias não se calam; as vozes que chegam de todos os lados desta casa deserta de mim não cessam. Onde encontrar o fim para sempre? Ou só por agora, porque não sei o que quero para sempre. Talvez sol, mas isso podia fazer mal às plantas. Deixem-me aprender a escrever outra vez, "Senhora professora, eu preciso aprender a escrever novamente para escrever coisas bonitas, as minhas mãos só escrevem merda." Se eu fumasse, morria de desejo por um cigarro agora. Como não fumo, a janela da rua serve.
Sem comentários:
Enviar um comentário