Estoril, 2008
Dos sons mais belos do mundo fazem parte as teclas das máquinas de escrever. O bater de cada letra, calmo e decidido, encerra dentro de si o mistério do escritor. Cada sentimento é disfarçado dentro de uma palavra que se constrói secretamente. O escritor não passa de um mendigo sem palavra, mudo e fechado num mundo de ruído.
A miséria de um escritor é querer falar do que sente e esconder-se na manga quente de um disfarce, escrevendo.
(notas de Rute, envelope perdido)
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