Quero dançar contigo. É verdade. Quero comprar-te vodka e convidar-te para dançares comigo uma música engraçada, nem precisava de ser uma daquelas musicas calminhas. Fingimos que estamos nos oitenta e rimos embriagados enquanto o ritmo nos entra nos ossos, ouvidos, na alma e nos transforma. Eu quero dar-te a mão às escondidas, para ninguém ver, como se tivéssemos 16 anos outra vez, queres ter 16 anos outra vez para podermos dar as mãos? Ai ai, quem sabe o que viria a seguir, um beijo roubado, um beijo corado, um riso envergonhado de quem se sente bem. Aquela sensação no estômago... era bom!? Diz a verdade. Eu quero convidar-te para invadires os meus sonhos e me levares contigo a correr pelo bosque. Eu quero fazer muitas coisas contigo, algumas das quais eu não posso escrever neste bilhete. Mas fico corada só de pensar. Podes imaginar todas as coisas e depois, depois se quiseres fazer coisas comigo. Depois... Silêncio. Eu não digo nada (eu sorrio apenas e dou-te a mão às escondidas).
(Carta, algures em papel)
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Aplausos!
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