Eu me perdi no bolso daquele casaco de Inverno
Eu me perdi na sordidez de um mundo
Onde era preciso ser
Polícia agiota fariseu
Ou cocote
Eu me perdi na sordidez do mundo
Eu me salvei na limpidez da terra
Eu me busquei no vento e me encontrei no mar
E nunca
Um navio da costa se afastou
Sem me levar
(sophia)
Quando queremos começar, como começamos?
Onde estão escondidas essas palavras mágicas, esses sons que nos suscitam paixões e clamores?
Quais os traços certos? É certo? É errado? O começar é. Mas diz-me, vamos? Agora!
E assim me deixo levar pela chuva que embrulha as coisas como mantinha de lã (que não pica!).Começo por esticar os braços ao mundo logo de manhã dizendo trauteando: «bom dia».
O começo é aquele sorriso que não se explica.
Ah, como me perco sempre nas coisas mais pequeninas! Visto o casaco de sempre, aquele que nos lembra sempre que estamos conosco nos momentos mais importantes, abro a porta com o poema no bolso e saio. Talvez me encontres.
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