Uma inquietação enorme fazia-me estremecer os gestos mínimos. Tive receio de endoidecer, não de loucura, mas de ali mesmo. O meu corpo era um grito latente. O meu coração batia como se falasse.
A solidão desola-me; a companhia oprime-me. A presença de outra pessoa desencaminha-me os pensamentos; sonho a sua presença com uma distracção especial, que toda a minha atenção analítica não consegue definir.
"Quero-te só para sonho", dizem à mulher amada, em versos que não lhe enviam, os que não ousam dizer-lhe nada.
(Bernardo Soares)
E enquanto não escrevo nada, vou tomando nota das coisas que escrevo.
E enquanto não escrevo nada, vou tomando nota das coisas que escrevo.
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