Ai, quanta vontade tenho de deitar cá para fora este veneno
Tantos meses sem escrita, quanto tempo mais poderei aguentar esta amargura de não ter palavras na boca? Cristo, secaram-se as histórias, não há imagens na cabeça dos dedos e esta amargura a devorar-me a língua... não acaba esta tortura por mais que beba água benta. Este zumbido de nada todos os dias, nada, silêncio - e eu que bem tento, com canetas de todas as cores, canetas de prata. Serás tu? Faltas-me? Eu desconfio, mas faço silêncio para não me ouvir a escrever o teu nome a um canto. Faltas-me raios. Faltas-me...
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