Viver bem com os próprios erros e odiar a inconveniência de um lapso de terceiros. Somos assim, no dia a dia, admitamos. Somos cruéis para o proximo, fechando os olhos à humanidade que existe em todos nós. Queremos ser todos objectos de museu.
Brandos com os nossos pecados e tiranos com os erros de quem nos rodeia, pregando uma perfeição que à partida, sabemos ser impossível de atingir.
Somos intolerantes e impacientes, e ao mesmo tempo abnegados a viver a eternidade com a mala dos nossos próprios defeitos escondida do olhar alheio, tentando árduamente ser o melhor, o maior, o único - chegar à meta primeiro, nunca falhar em nada.
Quando teremos começado a ficar tão insensíveis e mecânicos?
Será o mundano tão entediante que tenhamos de bloquear todas as portas de acesso aos sentimentos e tornar-nos tiranos da vida dos outros, julgando que é certo e errado o tempo inteiro.
Será por isto que nos estamos a tornar cada vez mais solitários, mais superficiais, mais distantes?
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