Sentimentos que se repetem perante a frustração de estar a matar as palavras aos pouquinhos.

"Mais uma tentativa de arqueologia emotiva para tentar desvendar as origens das sombras que se colam às paredes da alma. "Faz coisas bonitas, tu gostas."
Procurei nos muitos blocos de notas vestígios de paixões antigas, como carcaças das quais me pudesse alimentar, mas não há nada. Frugalidades sobre a terceira idade, sobre solidão, números de telefone cujos donos desconheço e listas de compras, resume-se a isso a minha ortografia cada vez mais desconstruída e caótica.
É como se não houvesse mais nada, fico-me a desfolhar livros ate à exaustão da carne, e para contemplação apenas esta cápsula que ainda se assemelha um pouco a corpo de mulher, algo que eu sonhei ser um dia, mas sem um propósito digno - nem sequer para puta."

Hoje, mais do que nunca, subscrevo as palavras escritas em Maio de 2014.

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