Draft | Como um murro no estomago | Ando a perder tempo.

 Hoje pressinto que te quiseste, pura e simplesmente, ver livre de mim. Afastares-te para sempre.
Não te interessa mais a relação de paixão, de amizade, de cumplicidade, que criamos. Não te interessa mais saber por onde ando, o que faço, se me sinto bem se te desejo ainda.
Tudo isto é o contrario do que acontece comigo. Estou sempre a pensar no que estarás a fazer, a imaginar o que dizes e o que vês. E fico preocupado ao pensar nas eventuais ressacas que possas ter.
Mas de nada me serve ficar assim, preocupado, absorto em pensamentos que no fundo, só me desgastam. Muito provavelmente aquilo que penso ou imagino que estas a ver ou a dizer não tem relação nenhuma com a realidade. Paciência.
Ando a perder tempo. Ando a massacrar-me e não o mereço. Tu não mereces nada. Até ver não mereces que eu volte a pronunciar o teu nome. A chamar-te durante a noite, a desejar o teu corpo... a tua voz e o teu silêncio.

Diarios, Al Berto

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