É engraçado como há dias em que é fácil cortar as veias e deixar jorrar todo o veneno até não sobrar nenhuma gota. Depois há estes dias, como os de hoje. Compridos, pardacentos e esquesitos em que o nó da garganta quase nos corta a cabeça. Não se faz nada, não se consegue dizer nada também, e arranha-se a pele com as unhas na tentativa desesperada de nos sentirmos vivos uns segundos. Queremos parar o tempo e perceber como chegamos aqui, em que esquina viramos, quem assinou os papéis, porque não gritamos?
É tarde de mais para nós.
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