divagação numa tarde de sol

dentro de mim há um deserto. estende-se até ao infinito. é azul, da cor do céu. é nele que mergulham as emoções como peixes cansados de voar. eu dispo-me nesse deserto e no instante em que a minha pele fica nua eu e ele somos um. não sei onde começo ou termino naquele deserto, se me deito, perco-me de mim e sou o infinito que existe nas coisas belas. também eu sou como um peixe sedento, quero saciar esta sede nessa areia. mais, mais que esta não chega... morro... eu morro-me se não beber desse mar azul.

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