Nota (escrita no dia em que alguém gritava Rute na rua, nas escadas do meu prédio, por todo o lado - e eu abri a porta de casa com o coração a palpitar para descobrir que afinal a Rute não era eu)

Receio que tenha acabado. Acabou? Porque paraste? Paraste? Que muro? Que gelo? Não compreendo porque não fazes nada, abre a janela e grita o meu nome - faz alguma coisa. Sinto que me perdi naquela manhã de nevoeiro. Não sei se algum dia irei voltar. Mas quero-te. Quero-te. Sinto que mudei de país e já não sei se te sonho ou invento, qual D. Quixote. Sou dada a estas quimeras - Rapariga doente com um coração de sangue.

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