o que eu sei, o que eu não sei - as coisas que digo e aquelas que não

Para que servem as palavras se não sabemos o que fazer com elas? Para quê falar, escrever? Não dizemos nada. O Silêncio é o grande senhor da verdade. É coerente, sincero, pensa sempre naquilo que sente. Não se precipita numa diarreia sem sentido, não cai em armadilhas ardilosas de terceiros. Eu gosto do meu silêncio, conversamos muitas vezes sobre coisas triviais (quem sabe sobre formigas que caem dentro de frascos de compota) e discutimos também as grandes questões da vida, o sentido das coisas. Pudesse eu guardar nalgum lugar esses devaneios nocturnos ou matinais e seria rica - um conhecimento de mim própria sem fim - mas essas conversas têm tendência de se evaporar com o barulho da vida e eu fico sem saber nada e, geralmente, caio no erro de abrir a boca e falar de mais.

1 comentário:

Catharina disse...

"Com palavras construiremos o nosso amor, casas de resguardo e tempo de reflexão."

Também gosto muito da sinceridade com que o silêncio nos ouve.. Abre a mão (não perguntes porquê) e escreve mais alto. A tinta preta não se evapora, recorda, aviva a memória.

Gostei de te ler. Desculpa a invasão.