Nereida
Desde pequena, naquele tempo antigo em que me cortaram as amarras, que sou barco sem rumo. O mar me leva e não sei para onde. Deixo-me embalar nos seus braços. Fecho os olhos e sinto na cara a carícia do sol, o abraço meigo do vento. Pequenos peixes beijam as pontas dos dedos, pássaros alimentam-me com bagas que trazem de terras longínquas. Passeio por esse mundo fora nos braços fortes desse mar que cuida de mim. A proa do meu barco é feita de uma madeira preciosa, nela floresce um pequena folha verde, a qual e cuido. E é nessa folha verde que a minha esperança renasce. Esperança que uma dia à terra ele me vá deixar.
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